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Os  autores  referem  ainda  que  existem  outras  abordagens  que  envolvem,

                  nomeadamente as relações com os consumidores/clientes, a estrutura da organização e o
                  modelo  de  liderança,  a  comunicação  e  a  transparência,  o  cumprimento  legal  e  a

                  sensibilidade ética (Kok et al., 2001).

                    Existem  vários  modelos  de  auditorias.  Alguns,  por  exemplo,  baseiam-se  em
                  entrevistas  das  partes  interessadas  externas  sobre  as  suas  opiniões  acerca  do

                  desempenho da empresa em várias áreas, para que as práticas possam ser alteradas nas
                  áreas em que há desvios entre aquilo que está proposto (declaração de missão e valores)

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                  e o que realmente acontece .
                    Segundo  Morimoto  et  al.,  (2005)  existem  alguns  aspectos  a  considerar  no

                  desenvolvimento de um sistema de auditoria:

                        É necessário envolver todas as partes interessadas no processo de auditoria.
                        A medição deve ser quantitativa e qualitativa.

                        Existem seis aspectos fundamentais para que a RSE seja eficaz: (1) boa gestão

                         das  partes  interessadas;  (2)  liderança  corporativa;  (3)  primazia  da  RSE  ;  (4)
                         incorporação da RSE na política da empresa em todos os sectores; (5) regulação

                         a  nível  nacional  e  internacional;  (6)  bom  entendimento  entre  a  empresa,  as

                         autoridades públicas, as organizações não governamentais e a sociedade civil.
                    Existem  alguns  princípios  que  devem  ser  observados  na  implementação  dos

                  processos de auditoria (Rego et al., 2007b). A saber:
                        Multiplicidade de perspectivas. A auditoria deve reproduzir as opiniões de um

                         conjunto  alargado  de  pessoas  e  organizações  “tocadas”  pela  empresa.  O
                         processo  deve  passar  pela  identificação  das  necessidades,  percepções  e

                         perspectivas das partes interessadas.

                        Abrangência.  A auditoria deve contemplar todas as actividades da empresa e
                         comunicar o que faz e porque faz.

                        Comparabilidade.  A  organização  deve  estar  capacitada  para  fazer  uma

                         comparação com organizações da mesma natureza. Deve, igualmente, confrontar
                         o seu desempenho actual com o seu desempenho de anos anteriores e analisar se

                         os objectivos propostos foram alcançados.

                        Regularidade. A auditoria deve ser um processo contínuo (por exemplo: anual).

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                    Vide a abordagem da The New Economics Foundation em http://www.neweconomics.org/gen/
                  (consultado em 30 de Agosto de 2009).


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