Page 66 - O vilarejo das flores
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—Sinto muito por minha mãe.
—Tudo bem, ela deve estar sem chão ainda. Foi um golpe e tanto. –
disse Aimeé – Vendo que você está melhor, posso ir tranquila.
—Agradeço muito, estou bem melhor. Não precisa se preocupar mais
comigo. Sei que tem seus afazeres e não quero atrapalhar. Amanhã
irei procurar trabalho.
—Você não me atrapalha, nunca. Fico feliz em te ver bem. Qualquer
coisa, sabe onde me encontrar. Lembre-se de confiar nesta luz que te
ilumina.
—Lembrarei amiga. - disse ele abraçando-a- Espero poder retribui
um dia.
—Sua felicidade é a minha. - disse Aimeé sorrindo.
Despediram-se e Aimeé foi para casa. Sancler voltou para
sua realidade e precisava trazer sua mãe também. Foi à seu quarto
e encontrou o drama de sempre. Ketelijn na cama chorando e
lamentando-se. Chegou perto da cama dela e disse:
—Mãe, estamos falidos. Não temos de onde tirar dinheiro e teremos
que sair desta casa.
—Naaaaaaaaaaão!!!! Meu filho! Como pode dizer tamanha asneira?
Tudo vai ficar bem. Peça dinheiro ao banco? Peça um empréstimo?-
gritava ela andando pelo quarto como se fosse um animal enjaulado.
—Mãe – interrompeu Sancler secamente – Amanhã, estarei saindo
para procurar emprego e outro lugar para ficarmos. Comece a
arrumar seus pertences. – dizendo isso ele deu as costas a ela e saiu
sem ligar para seus devaneios.
—Sancler? filho! – gritava ela – peça empréstimos à nossos amigos,
aos pais de Aimeé...
Sancler saiu de casa em busca de um emprego. Não podia nem
chorar a morte de seu pai. “Foi um bom pai, mas cometeu muitos
erros com a mamãe.” Pensava consigo. Fazia todas as vontades dela
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