Page 68 - O vilarejo das flores
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—Em nos casar. - disse ele olhando ela nos olhos.
        —Casar? - Aimeé ficou atônita com a proposta – Mas... Como vamos

        casar? não temos... ninguém sabe...
        —Bem, ninguém sabe ainda.
        —Francis, meus pais não vão aceita-lo. Eles não veem com bons
        olhos as pessoas do seu vilarejo.

        —Não veem agora. Nesses dias, eu trabalhei muito e consegui
        comprar uma vaca.
        —Hum, uma vaca. - murmurou Aimeé -  Nossa! Nossos problemas
        estão resolvidos! - Você vai dar a vaca de presente para eles, em troca

        da minha mão?  Só não sei se fico lisonjeada ou ofendida- dizia rindo.
        —Não zombe!- ria ele – É sério. Além dos biscoitos, vou vender
        queijos e leite. Dando certo, podemos arrumar tudo, construir uma
        casa no vale.

        —Construir uma casa? – repetiu Aimeé receosa.
        —Sim, vamos morar onde nos conhecemos.
        —Francis, eu não sei...
        —Eu sei. Pode confiar. Quando tudo estiver pronto, contamos a eles.

        Certo?
        —Espero que saiba o que está fazendo. -disse ela temerosa.
        —Cadê a sua confiança?
        —Está bem.

        —Aceita ser minha esposa? - perguntou ele tirando um anel lindo
        do bolso.
        —Francis, não gaste seu dinheiro assim!
        —Você aceita? - repetiu ele fitando-a.

        —Aceito.







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