Page 67 - O vilarejo das flores
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para receber um carinho, mas sempre foi escorraçado e nunca foi
        reconhecido pelo que fez. Se Aimeé estiver certa, você deve estar por

        aí pai, talvez junto da Deusa dela. Enfim, esteja bem pai. Seguiu seu
        caminho confiante num emprego.
               Aimeé não via Francis há alguns dias e deu uma escapada
        até o Vilarejo da Colina para vê-lo. Descendo a colina, viu Francis

        sentado do lado de fora escrevendo algo num papel. Aimeé chegou
        perto e o surpreendeu:
        —Bonito hein! Escrevendo para quem?
        —Para minha namorada, quer dizer, acho que ainda é minha

        namorada. – disse ele meio chateado.
        —Eu não sabia que você era tão ciumento. – comentou ela sorrindo.
        —Pois é... – disse ele sem jeito – Todo mundo tem um defeito.
        Acabou de consolar seu amigo?

        —Francis, Sancler  é meu melhor amigo. Eu o conheço desde
        pequena. Sempre fomos muito unidos. Não podia abandoná-lo neste
        momento.
        —Eu sei, sinto muito. Eu senti muito a sua falta. – disse ele

        agarrando-a.
        —Eu também senti seu bobo. Muito.
        —Sério?
        —Sim. Também pensei em escrever uma carta, mas não tinha como

        entregá-la.
        —E Bibiana?- indagou ele.
        —Ela anda estranha, acho que está chateada comigo por não ter mais
        tempo para estarmos juntas.

        —Todos te querem, não posso culpá-los. Sabe? Eu andei pensando
        em algumas coisas nestes dias que não nos vimos.
        —E pensou em que coisas? - perguntou ela pensando no que iria
        inventar para sua mãe.

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