Page 313 - Fortaleza Digital
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Em um momento de súbita clareza, ela entendeu. Fraquejante e trêmula,
esforçou-se para alcançar o teclado e digitou a senha. 363
S... U...S...A...N
Logo em seguida, as portas se abriram.
364
CAPÍTULO 108
O elevador de Strathmore movia-se com rapidez. Dentro da cabine, Susan
aspirava avidamente o ar puro. Ainda tonta, apoiou-se em uma das paredes. O
elevador reduziu a velocidade e parou. Logo em seguida, algumas engrenagens
foram acionadas e o elevador começou a se mover novamente, desta vez na
horizontal. Susan sentiu a cabine acelerar enquanto cruzava a distância que a
separava do complexo principal da NSA. Por fim parou e as portas se abriram.
Tossindo, Susan saiu num corredor escuro, cimentado. Ela estava num túnel
estreito e com o teto baixo. Duas linhas amarelas se estendiam à
sua frente, paralelas. Perdiam-se na escuridão mais adiante. A Estrada
Subterrânea...
Ela andou lentamente ao longo do túnel, apoiando-se na parede para não cair.
Atrás dela, as portas do elevador se fecharam. Mais uma vez viu-se mergulhada
na escuridão.
Silêncio.
Nada a não ser um zumbido distante, propagando-se pelas paredes. Um zumbido
que se aproximava.
Subitamente foi ofuscada por uma luz forte. A escuridão transformou-se em uma
névoa acinzentada. As paredes do túnel ficaram nítidas. Um veículo surgiu, vindo
de uma transversal; seus faróis projetavam-se sobre ela, cegando-a. Susan
encostou-se contra a parede e protegeu os olhos. Sentiu uma rajada de ar, e o
veículo passou rapidamente por ela. Logo em seguida ele freou e começou a
voltar de ré. Em poucos segundos estava a seu lado.
- Senhorita Fletcher! - exclamou uma voz espantada. Susan olhou para uma
forma vagamente familiar, alguém sentado no volante de um carrinho elétrico
de golfe.
- Meu Deus. - O homem olhava, incrédulo. - Você está bem? Achamos que