Page 88 - Fortaleza Digital
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- Então quer dizer que não é sobre minha coluna?
      - Não, senhor.
      Foi como se uma bolha gigantesca explodisse para Pierre Cloucharde. Ele se
      reclinou novamente na pilha de travesseiros. Parecia desapontado.
      - Achei que você fosse da cidade, tentando me convencer a... - Ele ficou mudo e
      depois voltou a olhar para Becker. - Se não é sobre minha coluna, por que então
      você está aqui?
      Essa era uma boa pergunta, pensou Becker, sonhando com as Smoky Mountains.
      - Apenas uma cortesia diplomática informal-mentiu. O homem se espantou.
      - Cortesia diplomática?
      - Sim, senhor. Estou certo de que um homem de sua estatura está ciente de que o
      governo do Canadá trabalha duro para proteger seus cidadãos das indignidades
      sofridas nesses, ah, digamos assim, países menos refinados.
      Os lábios finos de Cloucharde se abriram em um sorriso.
      - Mas é claro, que boa surpresa.
      - Você é um cidadão canadense, não é?
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      - Claro, claro. Que tolice a minha. Por favor, me desculpe. É que pessoas em
      minha posição são muitas vezes abordadas com interesses... bem, você entende. -
      Sim, Sr. Cloucharde, certamente. É o preço que se paga pela celebridade. - É
      verdade. - Cloucharde soltou um suspiro melodramático. Era um mártir
      involuntário obrigado a tolerar as massas. - Você pode acreditar em um lugar tão
      pavoroso quanto este? - Virou os olhos, percorrendo com o olhar o estranhíssimo
      ginásio. - É
      uma brincadeira de mau gosto. E resolveram que eu deveria permanecer aqui
      durante toda a noite.
      Becker também olhou em volta.
      - Eu sei. É terrível. Lamento que eu tenha levado tanto tempo para chegar até
      aqui.
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