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7. Professor, o ser que vive eternamente - Por Thiago Barbosa Silva

"O que um educador pode deixar como legado? Em
primeiro lugar, pode deixar uma vida, uma biografia.”
(GADOTTI, 2001, p. 52).

Sou Thiago Barbosa Silva, formado em Letras pela Universidade Estácio de Sá no
Rio de Janeiro, professor de língua inglesa e produção textual de língua inglesa no Ensino

Fundamental II e Ensino Médio. Dediquei os primeiros anos de formado a fazer cursos
de extensão com certificações internacionais na área de língua inglesa e atualmente

mestrando da Universidade Federal do Paraná, orientando da Professora Dra. Ana Maria
Soek e venho por meio deste relato contar um pouco daquilo que me fez ser professor,

as escolhas de vida que me direcionaram para esta ilustre profissão e assim poder
compartilhar algumas experiências daquilo que me fez ser a pessoa que sou hoje, não

somente o professor, o filho querido ou o amigo conselheiro, mas também o ser humano
integral que me tornei e ainda estou a tornar-me.

Nasci em Campo Grande, bairro da zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. Um
bairro famoso pelo passado de fazendas de laranja que abasteciam o centro e a zona

portuária da capital. Quando criança ouvira que Campo Grande só não era esquecido de
vez pelos moradores de outros bairros da cidade pois era rota para as praias da região

sul-fluminense, chamada também de costa verde. Filho de mãe solo, minha mãe nunca
deixou faltar nada dentro de casa, trabalhava duro para me passar valores que ela achava

essencial num ser humano, como sendo de justiça, honestidade e a paixão pelos estudos.
Ela não pode ir para a faculdade logo depois do ensino médio, teve que trabalhar e logo

procurou a sua independência, sou fruto de um relacionamento que não deu muito certo,
ao nascer minha mãe só permaneceu com meu pai alguns meses, depois e assumiu a

responsabilidade de criar e educar um menino sozinha, e assim o fez com maestria e
com auxílio da minha avó.

A religião foi uma parte importante na minha formação como indivíduo, como
minha família sempre foi toda cristã-protestante não tinha muita escolha de uma religião

a seguir. No protestantismo, aprendi coisas de grande relevância, mas o que eu mais
gostava era estudar a história através da bíblia, a origem dos povos do oriente médio e

também como posso me tornar uma pessoa melhor para mim mesmo e para os outros
que me rodeiam. Até hoje sigo esses ensinamentos, mas não somente em uma única

religião, mas adequando e adaptando o ensinamento de outras religiões àquilo que
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PROCESSOS E PRÁTICAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM: HISTÓRIAS DE VIDA E DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES