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MARXISMO E A QUESTÃO NACIONAL (...) | PAUTASSO - FERNANDES - DORIA
dependente. Lênin (IBIDEM, p. 606) lembrou que o triunfo definitivo do
capitalismo sobre o feudalismo estaria ligado, em todo o mundo, aos mo-
vimentos nacionais. A tendência de todo movimento nacional seria for-
mar Estados nacionais; e estes seriam os mais adequados ao desenvolvi-
mento do capitalismo. Isto não significaria desconsiderar as contradições
de classe no âmbito interno a cada país. A questão era que os Estados so-
beranos assegurariam condições mais favoráveis para o desenvolvimento
do capitalismo; e que, deste modo, em um país burguês, o grande capital
teria a supremacia. Assim como Kautsky, Lênin (IBIDEM, p. 609) também
considerou que o Estado nacional seria a regra e a norma do capitalismo.
A burguesia das nações oprimidas buscaria o apoio incondicional
do proletariado aos seus anseios em nome do “caráter prático” das suas
reivindicações. Porém, de acordo com Lênin (IBIDEM, p. 619), o prole-
tariado se oporia ao “praticismo”, já que, ao reconhecer a igualdade de
direitos e o direito a formar um Estado nacional, ele colocaria em pri-
meiro lugar a união dos trabalhadores de todas as nações. Isto signifi-
caria valorizar do ângulo da luta de classes toda reivindicação nacional;
enquanto o apoio à burguesia teria caráter condicional.
Deste modo, segundo Lênin (IBIDEM), salvaguardar a unidade
do proletariado pelo socialismo e repelir as influências burguesas do
nacionalismo seria tarefa do movimento comunista. Portanto,
Porque a burguesia de uma nação oprimida
luta contra o opressor, somos sempre, em todos
os casos e com mais determinação do que nin-
guém, a favor, já que somos os inimigos mais
intrépidos e consistentes da opressão. Porque
a burguesia da nação oprimida é favorável ao
seu nacionalismo burguês, estamos contra ela.
Lute contra os privilégios e a violência da nação
opressora e nenhuma tolerância para o zelo da
nação oprimida por privilégios.
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