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a Câmara Municipal, manter limpos o cano e o pátio   alugados a  pessoas pobres e de  cor, inclusive muitos
            existentes em seu quintal. Esse, provavelmente, era um   africanos. Esses cortiços verticais de Salvador também
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            “cortiço vertical” .                             foram alvo da  “limpeza” pretendida por médicos
                                                             higienistas, por autoridades e pela elite branca baiana.
            A proximidade das classes perigosas com o centro
            administrativo da província preocupava as autoridades.
            Estas já utilizavam o discurso racista, que relacionava
            toda criminalidade  e desordem à  população negra,   As epidemias como fator de legitimação do
            principalmente africana,  antes de utilizar o discurso   discurso médico sobre salubridade
            higienista para exterminar as habitações coletivas,   Como já foi dito, Salvador era uma cidade insalubre,
            que  em Salvador apresentava-se não sob  a forma de   com ruas repletas de lixo, casas úmidas e pouco
            estalagens e vilas de cortiços, mas sob uma configuração   arejadas, lixo acumulado nas cozinhas e quintais das     UMA VISÃO HISTÓRICA DA ÁREA DO PROJETO
            vertical – com sobrados divididos e subdivididos   casas. Os excrementos, primeiro despejados em barris,
                                                             eram depois lançados em rios e praias ou simplesmente
             12   Arquivo Público do Estado da Bahia (doravante APEB).   atirados nas ruas. Sendo esse um costume tão enraizado
             Seção colonial, presidência da província, inspetoria de
             higiene, 1888-1889, maço n. 5617.               na população, parecia difícil eliminá-lo, mesmo com as



















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                                                                                                               e estrangeira
                                                                                                               residente no Brasil
                                                                                                               no século XIX.
                                                                                                               Imagem publicada
                                                                                                               em Imagens de vilas
                                                                                                               e cidades do Brasil
                                                                                                               colonial, de Nestor
                                                                                                               Goulart Reis.

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            Programa monumenta – IPhan
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