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O livro me lembrou de um evento, ocorrido anos atrás em Porto Alegre, chamado “Um
        puta sarau”. Na ocasião, um folhetim escrito por um grupo de prostitutas e intitulado “Uma

        puta história” foi lido para o público. A certa altura, uma feminista não se conteve e disse:
        “Espero que um dia as mulheres não precisem mais vender o seu corpo para sobreviver”.
        Janete, a prostituta que estava no palco, retrucou na hora:

          — Mas eu não vendo o meu corpo, eu alugo. E só um pedacinho dele. A senhora não aluga
        o cérebro para o seu patrão?

           Como se vê, há muito para refletir.
                                                                                                   23 de julho de 2012
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