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muitos chegam ao amanhã apenas no calendário, mas morrem com as unhas cravadas no
        ontem.

          Como nos mostra Albert, escolher o que lembrar e o que esquecer é também um ato de
        amor. E nunca é um ato fácil, como não é fácil o amor.
          É também um ato de amor a magistral cena final desse filme. E esta eu não vou contar

        mesmo para quem já viu. Nela, Albert faz, mais uma vez, uma escolha profunda em torno da
        memória.  E  são  os  amigos  que  provam  saber  amar  ao  não  apenas  acolherem,  mas

        embarcarem  na  sua  escolha.  Fazem  isso  porque  compreendem  que  a  vida  contém
        proporções talvez equivalentes de realidade e de delírio, mesmo quando a gente finge não
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        saber disso. E que amar é, às vezes, lembrar de esquecer.

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        38 E se vivêssemos todos juntos? é dirigido por Stéphane Robelin (2011, França/Alemanha).
        39 O exótico Hotel Marigold é dirigido por John Madden (2011, Reino Unido). No filme, um grupo de velhos que não se conhecem, cada um deles por razões
           diferentes, muda-se da Inglaterra para a Índia para viver num hotel. Mas nada é como foi prometido.
        40 Adeus, Lenin! é dirigido por Wolfgang Becker (2002, Alemanha). O filme torna o jovem ator Daniel Brühl uma estrela, ao interpreter o filho que precisa
           esconder da mãe doente (e comunista ferrenha) que o muro de Berlim caiu.

        41 O envelhecer é um tema frequente nas colunas de Eliane. Sobre essa questão, há ainda o texto “Esses filhos perplexos diante da velhice dos pais”,que
           pode ser lido na internet.
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