Page 107 - A Magia da Excelencia - Rodrigo Maruxo
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que  se  deve  garantir  uma  operação  estável,  onde  sistemas,
                funcionários  e  dependências  atuem  em  perfeita  harmonia.  Para
                tanto,  o  foco  aqui  é  em  garantir  sempre  a  prontidão  operacional,

                uma  excelente  velocidade  dos  serviços,  uma  utilização  otimizada
                dos espaços do parque e, na linha final, vendas. Muitas vendas.
                     Eu tive a oportunidade  de  presenciar  as Quatro Chaves  sendo
                aplicadas  na  prática  pelos  funcionários  em  vários  momentos,  por
                equipes  distintas  e  é  encantador  de  se  ver  como  uma  cultura
                poderosa  gera  resultados  tão  legais.  Para  ilustrar  como  a  coisa
                acontece, vou te contar um fato que aconteceu comigo em uma loja
                da Alemanha, dentro do parque EPCOT Center.



                     No EPCOT existem alguns países ali representados, dentro do
                conceito  de  união  de  todos  os  povos  criado  lá  atrás  pelo  Walt
                Disney. O legal sobre isso é que em cada país trabalham pessoas
                que nasceram mesmo naqueles países, apesar de todos falarem um
                inglês      impecável.        Estes       colaboradores          internacionais        são
                apaixonados pelo que fazem, pois estão ali como embaixadores de

                sua  cultura  local,  literalmente  vendendo  seu  país  para  o  mundo
                (Brasil,  queremos  você  lá  também!).  Estávamos  eu  e  mais  dois
                amigos  em  uma  loja  de  canecas  artesanais  alemãs.  Chegamos
                empolgados pra comprar uma dessas canecas como lembrancinha,
                mas  ao  vermos  quanto  custava,  a  realidade  bateu  e  foi  que  nem
                maré:  resolvemos  então  comprar  apenas  um  salgadinho  alemão
                qualquer que estava à venda ao lado do caixa pra não dizerem que

                saímos  dali  de  mãos  abanando,  totalmente  derrotados...  Peguei  o
                salgado,  fomos  ao  caixa  e  começamos  um  diálogo  com  a
                funcionária alemã que ali, sozinha, cuidava da loja. Contamos que
                éramos  do  Brasil  e  ela  falou  que  era  da  Alemanha  (como
                desconfiávamos). Muito simpática, brincou conosco e até tirou sarro
                da  gente  sobre  futebol  (todo  dia  é  um  sete  a  um  diferente,  não  é

                mesmo?). Estava claro que ela permanecia ali na chave da cortesia.
                Tudo ia bem quando de repente escutamos um barulhão atrás de
                nós. Uma cliente havia deixado uma daquelas canecas caríssimas
                cair  no  chão,  espatifando-a  inteira.  A  moça  alemã  parou
                subitamente o diálogo que travava conosco, fechou a cara e correu
                para onde havia acontecido o pequeno incidente, nos deixando ali,
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