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precentagem subiu para o dobro entre os administradores que têm códigos de
conduta.
Por seu lado, Schwartz (2004) citado por Rego et al.(2007b), não medindo
directamente a eficácia, procurou identificar as percepções dos colaboradores, dos
administradores e dos responsáveis pela componente ética sobre as questões do
conteúdo e do processo que se relacionam com a eficácia, cujas principais conclusões
passamos a apresentar:
Os respondentes referiram que os factores mais importantes para a
eficácia dos códigos foram a presença de exemplos, a legibilidade, o tom
(negativo e/ou positivo), a relevância, o realismo, o apoio da gestão de
topo, a formação, o reforço, a actuação de acordo com os padrões de
conduta, os requisitos de comunicação das infracções ao código, a linha
telefónica anónima, a comunicação/publicitação das infracções e a
execução/cumprimento.
Os factores vistos como potencialmente importantes foram a
pertinência/justificação das cláusulas, o envolvimento dos colaboradores
e a subscrição do código pelos elementos da organização.
Em relação aos factores julgados menos importantes para a eficácia dos códigos,
constatou-se a seguinte situação:
Os inquiridos identificaram sete objectivos ou razões pelas quais as suas
organizações adoptam um código de ética: (1) protecção da imgem e da
reputação da organização; (2) melhoria dos resultados económicos; (3)
criação de expectativas de comportamento para os colaboradores; (4)
estímulo das relações públicas; (5) evidência de cidadania empresarial;
(6) protecção dos colaboradores, isto é, permitindo-lhes conhecer os seus
direitos; (7) cumprimento do quadro legal. Nenhum destes objectivos foi
considerado relavante para a eficácia.
Não é também relevante para a eficácia do código o facto de este ser
facultado ao colaborador antes de ele ser contratado.
Os membros da organização fizeram uma apreciação negativa aos testes/
exames sobre o código.
Importa realçar que as organizações escolhidas para o estudo por Schwartz são
canadianas, o que limita a aplicação dos resultados a empresas de outras culturas.
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