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Quadro III: Normas morais que devem orientar os códigos de ética das empresas

                  1. Honradez/fidedignidade
                     1.1. Honestidade       - Ser honesto na relação com as partes interessadas.

                     1.2. Integridade         - Aderir a princípios éticos, mesmo que isso implique perdas financeiras.
                     1.3. Confiança          - Cumprir promessas.

                     1.4. Lealdade            - Evitar conflitos de interesse.
                  2. Respeito                   - Respeitar os direitos dos outros.
                  3. Responsabilidade    - Assumir a responsabilidade pelos actos próprios.

                  4. Justiça                    - Tratar justamente as partes interessadas.
                  5. Zelo/diligência         - Evitar prejuízos desnecessários; actuar com benquerença.

                  6. Cidadania               - Obedecer à lei; proteger o ambiente.
                  Fonte: Adaptado de Rego et al.(2007b:278)

                         3.4.4. As várias etapas do código ético
                         Para Rego et al., (2007b) são quatro os estádios de desenvolvimento dos CdE

                  (conteúdo, criação, implementação e aplicação):
                         Os conteúdos devem respeitar vários princípios, nomeadamente:

                               Os seis padrões morais devem ser apresentados de uma forma clara, sem

                                margem  para  ambiguidades  e  não  estar  na  dependência  de  imposições
                                financeiras/lucrativas.

                               O código deve “explicar” às pessoas porque razões os princípios éticos

                                foram incluídos.
                               As  consequências  do  seu  não  cumprimento  devem  ser  compreensíveis

                                por todos os membros da empresa.

                               O texto deve ser escrito numa linguagem clara, simples e específica.
                               De igual modo, deve incluir objectivos realizáveis, sob pena de afigurar-

                                se irrealista e perder-se o potencial inspirador e orientador.

                               Deve adaptar-se à realidade da empresa.
                         Na fase da criação/elaboração do código é essencial que haja uma participação

                  dos  colaboradores.  Esta  é  uma  lacuna  de  algumas  empresas  portuguesas,  em  que  os
                  códigos  são  produzidos  pela  administração,  sem  que  haja  participação  dos

                  colaboradores. Ora e todos sabemos que as pessoas identificam-se mais com as decisões
                  e as medidas em que tiveram participação.

                         Sobre a implementação do código existem cinco pontos que merecem o nosso

                  olhar. Para começar, o documento deve estar à disposição de todos os colaboradores.


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