Page 291 - As Crônicas de Nárnia - Volume Único
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de melhor, ninguém em Nárnia ou na Arquelândia teria a menor idéia de
                  montar num cavalo falante.

                        A observação fez o coitado do Bri relembrar mais uma vez a sua vasta
                  ignorância sobre os costumes de Nárnia, e a sua grande possibilidade de
                  futuros equívocos. Assim, enquanto Huin se deixava embalar em sonhos,
                  Bri foi ficando mais nervoso e mais consciente de todos os seus passos.

                        - Coragem, Bri! - disse Cor. - É ainda muito pior para mim do que
                  para  você;  você  não  tem  de  ser  educado.  Tenho  de  aprender  a  ler  e
                  escrever,  heráldica,  dança,  história,  música...  enquanto  você  vai  correr  e
                  rolar pelas colinas de Nárnia na maior felicidade.

                        - Mas aí é que está - replicou Bri. - Cavalos falantes rolam na relva? E
                  se não rolarem? Nem posso pensar uma coisa dessas. Você, o que acha,
                  Huin?
                        - Eu, por mim, vou rolar de qualquer maneira. E acho que ninguém vai
                  dar a mínima pra isso.

                        - Estamos perto do castelo? - perguntou Bri a Cor.

                        - Depois da primeira curva.

                        - Bem,  vou  dar  uma  boa  rolada  agora.  Pode  ser  a  última.  Um
                  minutinho só.

                        Levou cinco minutos. Ergueu-se bufando, coberto de talos de avenca.
                        - Estou pronto - disse com a voz sombria. -Vá em frente, príncipe Cor.
                  Para Nárnia! Para o Norte!

                        Parecia  mais  um  cavalo  a  seguir  um  enterro  do  que  um  cativo
                  voltando à liberdade depois de muito tempo.
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