Page 370 - As Crônicas de Nárnia - Volume Único
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desafio!”
Sacudiu Pedro, chamando baixinho:
– Pedro! Depressa, Aslam está aqui. Mandou que a gente vá atrás
dele imediatamente.
– É claro, Lu! Como quiser – concordou Pedro, para o espanto dela.
A resposta fora animadora, mas logo Pedro virou-se para o outro lado e
continuou a dormir.
Voltou-se para Susana, que acordou mesmo, mas apenas para dizer,
com o ar aborrecido de um adulto:
– Vá dormir, Lúcia. Você deve estar sonhando.
Resolveu tentar com Edmundo. Não foi fácil acordá-lo, mas, quando
de fato acordou, sentou-se logo:
– Hein?! – disse, numa voz cheia de sono. – Que é que você está
dizendo?
Ela repetiu tudo do princípio, e esta era a parte pior da missão,
porque, cada vez que falava, a coisa lhe parecia menos convincente.
– Aslam! – exclamou Edmundo, dando um pulo.
– Puxa vida! Onde está ele?
Lúcia voltou-se para onde o Leão a esperava, com os olhos meigos
fixos nela. Apontou: – Ali.
– Onde?
– Ali. Não está vendo? Perto daquela árvore. Edmundo olhou
atentamente e disse:
– Está ali coisa nenhuma! Foi o luar que pôs você meio pateta! Isso
acontece! Também achei que vi alguma coisa, mas foi uma daquelas coisas
óticas... como é mesmo?...
– Mas eu estou vendo Aslam! – insistiu Lúcia.
– E ele está olhando para nós!
– Então, diga-me uma coisa: por que não vejo Aslam?!
– Ele disse... que talvez... você não pudesse vê-lo.
– Ora essa! Por quê?
– Não sei. Foi ele que disse.
– Mas que chateação! Seria melhor que você deixasse de ter visões.
Enfim, de qualquer modo, vamos acordar os outros.