Page 756 - As Crônicas de Nárnia - Volume Único
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qualquer cão comum, comportam-se como se pensassem que o que estão
                  fazendo no momento, seja lá o que for, é de suma importância.)

                         Os  outros  acompanharam  os  cães  e  encontraram  um  jovem
                  calormano  sentado  debaixo  de  uma  castanheira,  ao  lado  de  uma  límpida
                  fonte  de  água.  Era  Emeth,  que  se  levantou  de  um  salto  e  curvou-se  em
                  profunda referência.

                         – Senhor – disse, dirigindo-se a Pedro –, não sei se és meu amigo ou
                  meu inimigo. De qualquer forma, é uma grande honra encontrá-lo. Como
                  disse um poeta, “um inimigo nobre é a melhor dádiva depois de um amigo
                  nobre”.

                         –  Senhor – disse  Pedro  –, que  eu  saiba não  há  razão  alguma  para
                  haver qualquer guerra entre nós.
                         – Diga-nos quem é você e o que lhe aconteceu –acrescentou Jill.

                         – Se vamos ouvir uma história, por que não tomamos um pouco de
                  água  e  nos  sentamos?  –  latiram  os  cães.  –  Estamos  completamente
                  exaustos.

                         – E claro que vocês ficarão exaustos se continuarem choramingando
                  desse jeito – disse Eustáquio.

                         Assim  os  humanos  sentaram-se  na  grama.  E  os  cães,  depois  de
                  beberem  ruidosamente  na  fonte,  sentaram-se  todos  empertigados,
                  ofegando,  com  a  língua de  fora  e a  cabeça um  pouco inclinada para um
                  lado,  prontos  para  escutar  a  história.  Precioso,  porém,  ficou  de  pé,
                  esfregando o chifre contra o flanco.
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