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Educação


                  pensamentos e sentimentos, tanto negativos como  positivos, podendo falar sobre a

                  pandemia da COVID-19, sendo ouvidas sobretudo nos primeiros encontros.

                             O momento da escuta não tem o objetivo de ser terapêutico, não se aprofunda
                  em questões individuais, pois esta não é a função do profissional da educação. O objetivo

                  é permitir a expressão, desenvolver a empatia pelo outro e não anular o que a criança
                  vivenciou e deseja compartilhar, possibilitando o desenvolvimento socioemocional. Nesse
                  sentido, o profissional deve evitar a indução de falas, não forçar a criança a falar, mas

                  acolher o que ela deseja expressar.

                             Os  conteúdos  escolares  precisam  ser  interpelados  pela  realidade  vivida  da
                  pandemia do coronavírus, dando assim significado ao que é trabalhado em sala de aula.




                                         Além de atividades voltadas para o aprendizado de arte, literatura, contação de
                                         histórias e brincadeiras, proporcionar um espaço para ouvir as crianças e permitir
                                         que elas falem sobre sentimentos, medos e dúvidas é um cuidado de saúde mental
                                         importante para o momento e também para que cada um desenvolva habilidades
                                         e seja competente no ambiente social (MARTINS, 2020, p. 7).



                             Neste momento, faz-se necessário que a escola intensifique o trabalho com as
                  competências socioemocionais, inserindo temáticas como: a Comunicação Não Violenta

                  (CNV); as Habilidades Sociais; a Cultura da Paz; Resiliência; Adaptabilidade; Confiança;
                  Tolerância ao estresse e à frustração; entre outras  que auxiliem as crianças  com a

                  interação social e com as mediações de conflitos.

                             Sabendo que a escola poderá receber estudantes marcados pelo luto, pelas
                  dificuldades financeiras das famílias e pela dificuldade de seguir novos hábitos por conta

                  da pandemia, o compartilhamento de informações precisas e padronizadas, como os
                  protocolos, pode promover estratégias de autocuidado e deve ser levado em consideração
                  no planejamento do acolhimento.



                                         Se a  máscara no  rosto esconderá o sorriso e  possíveis feições de alegria e
                                         compaixão, os olhos dos educadores terão  de ser mais expressivos e
                                         comunicativos. Se os abraços precisarão ser evitados, o diálogo necessitará ser
                                         ainda mais potente. (FAJARDO, 2020, p. 1).

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