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Educação


                         ○   Estabelecer rotinas, horário de refeições e de descanso em tempos regulares;

                             incentivar rotinas positivas; desenvolvimento  de hobby; respeitar o espaço
                             pessoal de todos os envolvidos na comunidade escolar.
                         ○   Auxiliá-las com a percepção de quando procurar ajuda profissional, pois se há

                             sentimento de angústia ou desesperança persistente, ou quando não é possível
                             a realização de atividades diárias, faz-se necessário procurar um profissional
                             para atendimento especializado.

                             Os profissionais precisam estar atentos e capacitados para realizar a
                  observação das crianças, podendo identificar comportamentos  ansiosos, depressivos,
                  identificando os alunos que tiveram perdas importantes na pandemia.


                             A capacitação se faz necessária para auxiliar o desenvolvimento e a ampliação
                  de conhecimentos relevantes. Dentre eles, vale ressaltar os construtos importantes para

                  que o  profissional possa atuar na  observação  e na identificação das  crianças que
                  apresentem dificuldades emocionais, bem como reforçar ou desenvolver as competências
                  de enfrentamento da pandemia.


                             A ansiedade, o medo, principalmente o luto, precisam ser tratados com a
                  devida  importância  se  a  criança os trouxer, porém com naturalidade,  apresentando-os

                  como  experiências  que  afetam  todas  as  pessoas.  Caso  uma  criança  verbalize  ou
                  demonstre reações emocionais nessa direção, o importante não é ter uma resposta pronta,
                  mas escutá-la com atenção e se colocar à disposição. Mesmo as crianças bem pequenas

                  podem perceber perdas e ausências, por isso dizer a verdade de forma clara e afetuosa,
                  admitida a capacidade de compreensão de cada criança, fortalece o vínculo de confiança
                  com o adulto, cria um canal de diálogo e favorece a expressão mútua. Vale lembrar que

                  mesmo os adultos não têm todas as respostas. Contar a verdade é também dizer que
                  existem coisas que não sabemos. Alguns recursos podem facilitar o diálogo, como o uso
                  de brinquedos, livros e filmes infantis que abordem a temática.


                             Quando falamos  sobre a morte com uma criança, é importante explicar
                  somente o que ela perguntar, de forma simples. Falar com a criança sobre o que ela está
                  sentindo ou pensando pode ajudar o adulto a saber até que ponto deve abordar um assunto

                  para não dar mais informação do que a criança precisa no momento. Como as crianças
                  pequenas têm  dificuldades  com  metáforas, é  importante falar  da  forma  mais concreta

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