Page 111 - Processos e práticas de ensino-aprendizagem
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É  preciso  usar  a  inteligência,  ter  coragem,  bom  ânimo  e  acreditar  na  vitória
                                      (MALAFAIA, 2007, p. 40).

                      Em  2009  aconteceu  meu  primeiro  contato  com  a  educação  a  distância,

               inicialmente  na  tutoria  do  curso  de  Pedagogia  de  um  Polo  e,  no  ano  seguinte,  fui
               convidada a assumir a coordenação do referido Polo. Nesse mesmo ano, iniciei o curso

               de Pós - Graduação Lato Sensu, em nível de especialização na área de Formação de
               Docentes e Orientadores Acadêmicos em Educação a Distância.

                      A  experiência  foi  enriquecedora,  estava  atuando  diretamente  na  formação  de
               professores,  minha  carreira  estava  ganhando  novos  rumos,  porém,  solicitei  o

               desligamento em 2014, devido à jornada excessiva de trabalho.
                      Prestei  o  primeiro  concurso  público  na  prefeitura  do  município  de  minha

               residência  no  fim  de  2009.  Tomei  posse  no  início  de  2010  em  uma  instituição  de
               educação  especial  onde  trabalho  até  os  dias  atuais,  exercendo  a  função  docente  na

               Educação de Jovens e Adultos.
                      Em  2007,  prestei  concurso  público  para  a  função  de  professor  pedagogo  no
               estado do Paraná, entretanto, assumi no início de 2012, atuando até o presente momento.

                      Confesso que o início não fora fácil, porque desconhecia a realidade escolar e

               estava descobrindo a prática, suas afinidades e, até mesmo, o amor à profissão docente.
               “Tornar-se professor é transformar uma predisposição, em uma predisposição pessoal”
               (NOVOA,  2017,  p.  1121).  Contudo,  o  tempo  foi  passando  e  minha  vida  pessoal  foi

               direcionando outros caminhos, pois não tinha tempo, nem condições financeiras para

               estudar.  Já  era  casada e precisava  combinar várias  facetas da  vida.  Diante de  tantos
               compromissos, afazeres, acabei enfrentando frustrações, desmotivações para realizar
               um bom trabalho. Aquele brilho, a inspiração, o fazer por prazer pareciam ter acabado.

                      Chorei muito. Precisei até de ajuda médica, mas não desisti: passei a encarar as

               adversidades da vida e agir diante delas de outra maneira e, quando me dei conta, estava
               escrevendo um projeto sobre motivação docente, projeto este para o curso de Mestrado,
               do  Programa  de  Pós-graduação  em  Educação:  Teoria  e  Prática  de  Ensino,  da

               Universidade Federal do Paraná. Detalhe: o cenário era de contexto pandêmico, em que

               as incertezas iriam para além do profissional, mas englobariam, inclusive, a saúde e a
               vida das pessoas.






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