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Nola virou para Rick, encarando-o incrédula. O chefe de Sato tem um arquivo sobre a Pirâmide
          Maçônica? Ela sabia que o atual diretor, assim como muitos outros chefões da agência, era um maçom
          de  alto  grau,  mas  não  conseguia  imaginar  qualquer  um  deles  guardando  segredos  maçônicos  nos
          computadores da CIA.
                 Mas,  pensando  bem,  levando  em  conta  o que ela  havia  testemunhado  nas  últimas  24  horas,
          tudo era possível.
                 O agente Simkins estava deitado de bruços, escondido entre os arbustos da Franklin Square.
          Tinha os olhos cravados na entrada cheia de colunas do Templo de Almas. Nada. Nenhuma luz havia
          se acendido lá dentro e ninguém chegara perto da porta. Ele virou a cabeça para dar uma conferida em
          Bellamy. O Arquiteto andava de um lado para outro no meio do parque, sozinho, parecendo sentir frio.
          Muito frio. Simkins podia ver que ele tremia e tinha calafrios.
                     Seu telefone vibrou. Era Sato.
                 — Qual o tempo de atraso do nosso alvo? — quis saber ela.
                 Simkins conferiu o cronômetro do relógio.
                 — O alvo disse 20 minutos. Já se passaram quase 40. Alguma coisa está errada.
                 — Ele não vem — disse Sato. — Acabou.
                 Simkins sabia que ela estava certa.
                 — Alguma notícia de Hartmann?
                 — Não, ele não ligou de Kalorama Heights. Não consigo falar com ele.
                 Simkins retesou o corpo. Se isso era verdade, alguma coisa estava errada mesmo.
                 — Acabei de ligar para o apoio de operações de campo — disse Sato —, e eles também não
          estão conseguindo encontrá-lo.
                 Puta merda.
                 — Eles têm as coordenadas GPS do Escalade?
                 —  Têm.  Um  endereço  residencial  em  Kalorama  Heights  —  respondeu  Sato.  —  Reúna  seus
          homens. Vamos sair daqui.
                 Sato desligou o telefone e admirou o magnífico horizonte de prédios da capital de seu país. Um
          vento  gélido  atravessava  seu  blazer  fino,  e  ela  envolveu  o  corpo  com  os  braços  para  se  manter
          aquecida. A diretora Inoue Sato não era mulher de sentir frio... nem medo. Naquele momento, porém,
          estava sentindo as duas coisas.





          CAPÍTULO 106


                 Mal’akh vestia apenas sua tanga de seda ao subir correndo a rampa, atravessar a porta de aço e
          sair pelo quadro giratório para dentro da sala de estar. Preciso me preparar depressa. Olhou de relance
          para o agente da CIA morto no hall de entrada. Esta casa não é mais segura.
                 Segurando a pirâmide de pedra em uma das mãos, Mal’akh se enaminhou diretamente para seu
          escritório e sentou-se diante do laptop. Ao fazer login no sistema, pensou em Langdon lá embaixo e se
          perguntou  quantos  dias,  ou  mesmo  semanas,  se  passariam  antes  de  o  cadáver  submerso  ser
          descoberto  no  subsolo  secreto.  Não  fazia  diferença.  Quando  isso  acontecesse,  Mal’akh  a  teria  ido
          embora há muito tempo.
                 Langdon cumpriu seu papel... deforma brilhante.
                 O professor não só reunira as peças da Pirâmide Maçônica, como também havia descoberto a
          solução da misteriosa grade da base. À primeira vista, os símbolos pareciam indecifráveis... entretanto,
          a resposta era simples... e estava bem na cara deles.
                 O laptop de Mal’akh ganhou vida e o monitor exibiu o mesmo e-mail que ele havia recebido mais
          cedo: a fotografia de um cume reluzente parcialmente ocultado pelo dedo de Warren Bellamy.

                 O
                 segredo
                 se esconde
                 dentro da Ordem
                 ???? Franklin Square
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