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Eight... Franklin Square, tinha dito Katherine a Mal’akh, confirmando o número oito. Ela também
admitira que agentes da CIA estavam vigiando a Franklin Square na esperança de capturá-lo e de
descobrir a que ordem o cume se referia. Seria uma alusão aos maçons? Aos shriners? Aos rosa-
cruzes?
Não era nada disso, Mal’akh agora sabia. Langdon enxergou a verdade.
Dez minutos mais cedo, enquanto o líquido subia em volta de seu rosto, o professor de Harvard
havia descoberto a chave para solucionar a pirâmide.
— A Ordem Oito do Quadrado de Franklin! — gritara com os olhos cheios de terror. — O
segredo se esconde dentro do Quadrado de Franklin de Ordem Oito!
A princípio, Mal’akh não conseguiu entender o que ele estava dizendo.
— Não é um endereço! — berrou Langdon, sua boca pressionada contra a janelinha de vidro. O
oito não se referia a um prédio da Franklin Square. As palavras ordem e oito deviam ser lidas juntas.
Elas se referiam à “ordem oito”. — É um quadrado mágico! O Quadrado de Franklin de Ordem Oito! —
Então ele disse alguma coisa sobre Albrecht Dürer... e sobre como o primeiro código da pirâmide era
uma pista para solucionar aquele último.
Mal’akh conhecia os quadrados mágicos — os kameas, como os chamavam os primeiros
místicos. O texto antigo De Occulta Philosophia descrevia em detalhes seu poder e os métodos para
elaborar sigilos baseados em grades numéricas. Langdon estava querendo dizer que um quadrado
mágico detinha a chave para decifrar a base da pirâmide?
— Você precisa de um quadrado mágico de oito por oito! — havia berrado o professor, cujos
lábios eram a única parte do corpo ainda à tona. — Quadrados mágicos são categorizados em ordens!
Um quadrado de três por três é de “ordem três”! Um de quatro por quatro é de “ordem quatro”! Você
precisa de um que seja de “ordem oito”!
O líquido estava prestes a engolfar Langdon por completo, e o professor sorveu o ar pela última
vez, gritando alguma coisa sobre um famoso maçom... um dos pais fundadores dos Estados Unidos...
um cientista, místico, matemático, inventor... bem como criador do kamea que até hoje levava seu
nome.
Franklin.
Em um lampejo, Mal’akh soube que Langdon tinha razão.
Agora, ofegante de ansiedade, Mal’akh estava sentado diante do laptop no andar de cima. Fez
uma busca rápida na internet, obtendo dezenas de ocorrências. Então, escolheu uma e começou a ler.
QUADRADO DE FRANKLIN DE ORDEM OITO
Um dos quadrados mágicos mais conhecidos da história é o de ordem oito divulgado em 1769
pelo cientista norte-americano Benjamin Franklin. Este quadrado ficou famoso por conter “somas
diagonais” inéditas. A obsessão de Franklin por essa forma de arte muito provavelmente vinha de suas
ligações pessoais com notórios alquimistas e místicos de sua época, bem como de sua própria crença
na astrologia, que serviu de base para as previsões por ele feitas no livro Poor Richard’s Almanach.
52 - 61 - 4 - 13 - 20 - 29 - 36 - 45
14 - 3 - 62 - 51 - 46 - 35 - 30 - 19
53 - 60 - 5 - 12 - 21 - 28 - 37 - 44
11 - 6 - 59 - 54 - 43 - 38 - 27 - 22
55 - 58 - 7 - 10 - 23 - 26 - 39 - 42
9 - 8 - 57 - 56 - 41 - 40 - 25 - 24
50 - 63 - 2 - 15 - 18 - 31 - 34 - 47
16 - 1 - 64 - 49 - 48 - 33 - 32 - 17
Mal’akh analisou a famosa criação de Franklin — uma disposição singular dos números de 1 a
64 — em que a soma de qualquer fileira, coluna ou diagonal resultava na mesma constante mágica. O
segredo se esconde dentro do Quadrado de Franklin de Ordem Oito.
Mal’akh sorriu. Tremendo de emoção, apanhou a pirâmide de pedra e a virou de cabeça para
baixo, examinando a base.
FIGURA DE QUADRO COM VÁRIOS SÍMBOLOS, MESMO DA PÁGINA 360 E 362
Os 64 símbolos precisavam ser reorganizados e dispostos numa ordem diferente, a sequência
sendo definida pelos números do quadrado mágico de Franklin. Embora Mal’akh não conseguisse