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Manuel Abranches de Soveral FRAGMENTA HISTORICA
a dimensão da lacuna. 133 prebendado de Évora (1539) e deputado da
Filho e neto de outros altos funcionários Inquisição desta cidade (1537) e da de Lisboa
reais; bisneto paterno (por bastardia) de João (1539), doutor em Cânones, matriculado em
Mendes de Vasconcellos , senhor de Penela ordens menores em Évora em 1485 e falecido
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e Soalhães; bisneto materno de Diogo Afonso a 22.12.1559 em Bornes com 86 anos; bem
Carvalho , escrivão da câmara de D. João I e assim como de D. Frei Henrique de Carvalho,
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D. Duarte, ouvidor da coroa, desembargador Dom abade comendatário do mosteiro de São
da Casa do Cível e corregedor de Trás-os- Miguel de Refojos de Basto; de João Pereira,
Montes; sobrinho-trineto do celebrado senhor de Castro Daire; de D. Beatriz Valente,
D. Nuno Álvares Pereira, etc., o licenciado morgada da Póvoa de São Martinho, mulher do
Cristóvão Mendes de Carvalho pertencia governador da Casa Cível, vedor da Fazenda,
à velha fidalguia de província, com longa escrivão da Puridade e almotacé-mor D.
tradição de serviço ao rei, e, como ele próprio Gonçalo de Castello-Branco, 1º senhor de Vila
diz, chegou a desembargador e ao serviço Nova de Portimão; de Fernão da Silveira, filho
na justiça e na administração pública já com do regedor da Casa da Suplicação, que esteve
avultado património herdado. implicado na conjura contra D. João II e andou
fugido em Castela; e de D. Fernando de Castro,
Era primo-direito de D. Rodrigo de Carvalho , capitão de Évora, avô do homónimo que foi 1º
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bispo de Miranda (23.1.1555), embaixador a conde de Basto.
Roma em 1522, que fundou o Colégio de São
Pedro da Universidade de Coimbra , cónego Casou três vezes, primeiro sucessivamente
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com duas manas de Tentúgal (Montemor-o-
133 Apesar de todos os alertas. Vide José Augusto Velho), irmãs de Jorge Couceiro, cónego da
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de Sottomayor-Pizarro, “Duas ciências auxiliares da Colegiada de Santarém , e de Joana Couceiro,
História: a Genealogia e a Heráldica”, in Humanidades, casada com Lopo de Souza Ribeiro , fidalgo e
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revista trimestral da Associação de Estudantes da alcaide-mor de Tentúgal, sobrinho do grande
Faculdade de Letras da Universidade do Porto, nº 2,
Abril de 1982, pp. 78-81. arcebispo de Braga D. Diogo de Souza. Para
134 Como sempre faço, neste artigo actualizei a grafia poder casar com a cunhada, sua parente
dos prenomes ou nomes próprios e dos patronímicos, no 1º grau de afinidade, Cristóvão Mendes
mas não dos apelidos, que mantive conforme encontrei obteve dispensa do Papa, que lha concedeu
na documentação. Acontece que com certos apelidos,
mesmo na documentação nem sempre é constante dando-lhe por penitência fazer um hospital,
a grafia. Nestes casos, a Genealogia deve procurar que efectivamente construiu na dita vila de
saber a grafia que os próprios usavam, seguindo-a em Tentúgal. Casou a 3ª vez em Évora com
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detrimento das variantes escritas por terceiros. No caso
da dupla consoante, que se verifica em Vasconcellos e
Mello, por exemplo, ainda hoje muito usada sobretudo (ANTT, Chancelaria de D. João III, P., Liv. 2, fól. 219 e
no Brasil, pode invocar-se o duplo argumento de que 219v) e carta para incorporar o Colégio de São Pedro na
é afinal a forma correcta de escrever estes apelidos, Universidade de Coimbra (ib, Liv. 2, fól. 209v).
uma vez que a dupla consoante tem como função abrir 138 ANTT, Chancelaria de D. João III, M., Liv. 32, fól. 44.
a vogal anterior. Por extensão, quando cito um autor e 139 A 4.5.1515 Lopo de Souza Ribeiro, fidalgo da Casa
sua obra, reproduzo a grafia exacta usada nessa obra, Real, teve provisão para receber 7.500 reais da sua
quer no título quer no nome do autor. moradia de escudeiro (ANTT, Corpo Cronológico, p. II,
135 E de sua mulher Branca Pinheiro, irmã de Isabel mç. 57, nº 27).
Pinheiro, mulher do Dr. Pedro Esteves, progenitores 140 Sobre este 1º hospital, que terá sido feito em 1529
dos Pinheiro de Barcelos. Vide Manuel Abranches de ou 1530, construiu depois novo hospital o 1º conde
Soveral, “Reflexões sobre a origem dos Pinheiro, de de Tentúgal (1504) D. Rodrigo de Mello, falecido a
Barcelos”, 2007, in www.soveral.info/mas/Pinheiro. 17.8.1545. D. Rodrigo era filho de D. Álvaro de Portugal,
htm. falecido a 4.3.1504, e de sua mulher (casados a
136 Que antes de ser bispo se documenta como Rui Lopes 18.9.1479) D. Filipa de Mello, sendo esta filha sucessora
de Carvalho. Nasceu em 1473 e era fidalgo da Casa d’el de Rui de Mello, 1º conde de Olivença (21.7.1476), e
rei quando em 1505 embarcou na armada do 1º vice-rei de sua mulher D. Isabel de Menezes, camareira-mor
da Índia D. Francisco de Almeida (A. Braamcamp Freire, da infanta D. Joana, que já fora senhora de Tentúgal e
“Emmenta da Casa da Índia”, 1907, p. 8). Montemor-o-Velho (ANTT, Chancelaria de D. Afonso V,
137 Teve de D. João III carta para que o Colégio de São Liv. 4, fól. 27v). O antedito D. Álvaro de Portugal, filho
Pedro que fundou em Coimbra pudesse ter bens de raiz mais novo dos 2ºs duques de Bragança, foi senhor de
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