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FRAGMENTA HISTORICA Cristóvão Mendes de Carvalho ‐ História de um alto
magistrado quinhentista e de sua família
Beatriz Correa, viúva do morgado de Machede, enteado de seu pai. Do 3º casamento não
com quem fundou em 1539 o mosteiro de teve geração. Apenas ficou descendência do
Santa Clara de Trancoso, como ficou dito. Na 2º matrimónio, com Francisca Couceiro, de
já referida carta que Cristóvão Mendes de quem teve um único filho, Pedro de Carvalho,
Carvalho a 10.10.1545 escreveu a D. João III, sucessor.
diz-lhe também que fora por sua filha, como Pedro de Carvalho e seu filho primogénito
el rei lhe mandara, e a entregara a seu genro, Cristóvão Mendes de Carvalho, homónimo
e a sua mãe, e se tornará logo a servir Sua do avô, estiveram ambos com D. Sebastião na
Alteza. batalha de Alcácer Quibir, onde ficaram cativos
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Como também já ficou dito, teve casa na vila de e donde foram remidos. Este Cristóvão Mendes
Tentúgal, onde viveu alguns anos, e aí instituiu de Carvalho sucedeu nos vínculos instituídos
o morgadio de Lamarosa, na quinta do mesmo pelo avô, nasceu cerca de 1564 e faleceu viúvo
nome que teve pela mulher. Instituiu também em Tentúgal a 28.4.1636, sem geração.
o morgadio de Vila Maior, na quintã que Sucedeu-lhe o irmão, Jerónimo de Carvalho de
herdara em Vouzela. Vínculos e padroado em Vasconcellos, nascido cerca de 1575 e falecido
que sucedeu seu filho Pedro. No censo de 1527 a 21.12.1657 na sua quintã de Vila Maior.
diz-se que em Tentúgal viviam 318 vizinhos, Casou no Porto a 14.1.1636 com D. Jerónima
dos quais quatro cavaleiros, 19 escudeiros de Lemos, também falecida em Vila Maior a
e 12 clérigos, e o resto era povo. Cristóvão 5.2.1691, irmã sucessora de João Gomes de
Mendes de Carvalho, já corregedor da comarca Lemos , 7º senhor da Trofa (22.8.1652) ,
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da Beira, casou a 1ª vez em Tentúgal cerca de onde faleceu a 16.10.1676 , casado mas sem
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1524 e tudo indica que em 1527 já aí tivesse filhos.
casa, sendo portanto um dos quatro cavaleiros
que o censo refere.
Do seu 1º casamento teve dois filhos e uma
filha: Rui Mendes, que morreu quando
estudava Leis na Universidade de Coimbra; D.
Dionísio de Carvalho, cónego de Santa Cruz de
Coimbra e prior dos mosteiros da Serra do Pilar,
de Moreira da Maia e de São Vicente de Fora;
e D. Ana de Carvalho, casada com o morgado
de Machede Diogo Casco de Vasconcellos,
Torres Novas, que a 28.7.1476 trocou com o príncipe D.
João (futuro D. João II) pelas vilas e lugares de Alvaiázere,
Tentúgal, Buarcos, Rabaçal, Vila Nova de Anços e Pereira
(ib, Liv. 7, fól. 16 e 16v). A vila de Tentúgal que D. Álvaro
recebeu no dito escambo de 1476 incluía o paço real
mas não os direitos reais, rendas e foros da vila, que
foram doados a D. João de Eça e só em 1497 passaram a Pedra de armas do palácio dos senhores
D. Álvaro. Com efeito, a 8.6.1497 D. João de Eça, fidalgo da Trofa, edificado na 1ª metade do
da Casa Real, teve de D. Manuel I uma tença anual de
61.680 reais, em compensação pelas rendas, foros e
direitos que tinha na vila de Tentúgal, por doação de D. 142 Vide Manuel Abranches de Soveral, “A Casa da
João II, agora concedida a D. Álvaro, primo do rei (ANTT, Trofa”, 1999, in www.soveral.info/casadatrofa.
Chancelaria de D. Manuel I, Liv. 30, fól. 108 e 108v). 143 ANTT, Chancelaria de D. João IV, D., Liv. 7, fól. 57v; e
141 Esta enigmática informação revela algum problema RGM, Doações da TT, Liv. 8, fól. 145. Vide ANEXOS.
que houve entre sua filha D. Ana e o marido Diogo 144 ADAVR, Paroquiais da Trofa (Águeda). Diz o seu óbito:
Casco de Vasconcellos, morgado de Machede, que "João Gomes de Lemos S q foi desta Villa faleceo aos
or
bro
também era enteado de Cristóvão Mendes. Problema desaceis dias do mes de 8 de mil seis centos e setenta
que terá sido extensivo a Beatriz Correa, mãe do dito e seis annos = Manoel Fran da Cruz". À margem tem
co
Diogo, então a 3ª mulher de Cristóvão Mendes. averbado: “Estão feitas esequias”.
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