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John, 1996; Hillman & Keim, 2001), ou seja, a dimensão interna e a dimensão externa

                  da RSE.
                         Um modelo mais completo de “Uma visão da empresa baseada nos recursos” foi

                  apresentado por Hart (1995) e inclui aspectos da capacidade dinâmica e uma ligação

                  com o ambiente externo. O autor refere que os factores mais importantes para os novos
                  recursos e o desenvolvimento de capacidades serão os desafios colocados pelo ambiente

                  e  desenvolveu  um  quadro  conceptual  com  três  principais  capacidades  estratégicas
                  interligadas: prevenção da poluição, gestão dos produtos e desenvolvimento sustentável,

                  valorizando  a  melhoria  continua,  a  integração  das  partes  interessadas  e  uma  visão
                  comum.

                         (c) estratégias para os que estão na base da pirâmide económica.

                         De  uma  forma  geral,  as  estratégias  empresariais  estão  focalizadas  nas  classes
                  médias e altas, mas a maioria da população mundial é pobre ou de classe média baixa.

                  Estamos a falar de cerca de 4000 milhões de pessoas. Algumas estratégias podem ser
                  orientadas para os pobres e, ao mesmo tempo, realizar lucros. Prahalad (2002) analisou

                  a  experiência  da  Índia  e  sugere  alguns  ajustamentos  para  converter  os  pobres  em

                  consumidores  activos.  O  primeiro  destes  ajustamentos  é  ver  o  pobre  como  uma
                  oportunidade para inovar em vez de um problema. Uma forma de chegar a este público

                  chama-se  “inovação  disruptiva”.  “Inovações  disruptivas”  (Christensen  &  Overdorf,
                  2000;  Christensen  et  al.,  2001)  são  produtos  ou  serviços  específicos,  adaptados  às

                  necessidades  da  população  com  uma  produção  de  baixo  custo.  Por  exemplo,  uma

                  empresa de telecomunicações que inventa um telemóvel de baixo custo, mas também
                  com menos serviços, adaptado a esta camada da população.

                         As “Inovações disruptivas” podem melhorar as condições económicas e sociais
                  das  pessoas  na  “base  da  pirâmide”  e,  ao  mesmo  tempo,  podem  criar  uma  vantagem

                  competitiva  para  as  empresas  de  telecomunicações  e  outras  indústrias  associadas,
                  principalmente nos países em desenvolvimento (Hart & Christensen, 2002; Prahalad &

                  Hammond, 2002).

                  Marketing de causas
                         O  marketing  de  causas  tem  sido  definido  como  “o  processo  de  criação  e

                  implementação  de  actividades  de  marketing  que  se  caracterizam  pela  oferta  de  um
                  determinado montante para uma dada causa, quando os clientes se envolvem em trocas

                  de  produção  de  retornos  que  satisfazem  os  objectivos  individuais  e  os  da  empresa”
                  (Varadarajan & Menon, 1988:60).


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