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Esses tipos de variação encontram-se no desenvolvimento de modelos de todos
os tipos. Embora o modelo aqui apresentado apresente um caminho normativo para o
desenvolvimento da cidadania, nas empresas existem vários factores que moldam a
trajectória dentro de uma empresa. Várias forças na sociedade, a dinâmica da indústria,
influências do sector, a cultura da empresa caracterizam a forma como a cidadania se
desenvolve numa empresa específica.
Segundo Garriga & Melé (2004) a preocupação com a comunidade local tem
alargado progressivamente para uma preocupação mundial, em grande parte devido aos
intensos protestos contra a globalização, principalmente a partir do final da década de
90 do século passado. Este sentimento de cidadania global conduziram à declaração
conjunta “Cidadania Corporativa Global – Desafio para a Liderança de Administradores
e Quadros”, assinada por 34 das maiores empresas multinacionais do mundo durante o
World Economic Fórum de Nova Iorque, em Janeiro de 2002.
Outro caso é o dos Princípios do Equador, um conjunto de orientações
desenvolvido por vários bancos à escala global (por exemplo, Barclays, Citigroup,
Credit Suisse, etc.) com o objectivo de gerir os assuntos sociais e ambientais
relacionados com o financiamento dos projectos de desenvolvimento económico (Rego
et al., 2007b).
Posteriormente, a empresa com responsabilidade local e, ao mesmo tempo, ter
que ser um actor global que coloca a tónica na responsabilidade das empresas num
contexto global, foram questões fundamentais para alguns académicos (Tichy et al.,
1997; Wood & Lodgson, 2002).
4.1.3. Integrativas
Este grupo de teorias analisa a forma como as empresas integram as
exigências sociais, argumentando que a empresa depende da sociedade para a sua
existência, continuidade e crescimento. As exigências sociais são geralmente
consideradas como o caminho no qual a sociedade interage com o meio empresarial e
dá-lhe uma certa legitimidade e prestígio. Como consequência, a gestão empresarial
deve ter em conta as exigências sociais e integrá-las de tal forma que a empresa opere
em conformidade com os valores sociais.
Deste modo, o conteúdo da responsabilidade empresarial é limitado ao espaço e
ao tempo de cada situação, dependendo dos valores da sociedade nesse momento e
advém dos papéis funcionais da empresa (Preston & Post, 1975). Ou seja, não há uma
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