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que devem ser criados pontos de paragem para a despesa. Mesmo Freeman (1984) e
Post et al. (2002), na descrição da teoria das partes interessadas, concordam que, apesar
de “win/win” ser o resultado desejado na análise das partes interessadas, se tal não pode
ser alcançado, então a saúde da empresa está em primeiro.
Segundo Garriga & Melé (2004), nos últimos tempos, as empresas têm sido
pressionadas por organizações não governamentais (ONG), activistas, comunidades,
governos, comunicação social e outros grupos institucionais. Estes grupos exigem os
que eles consideram ser práticas de responsabilidade empresarial. Agora algumas
empresas estão à procura de respostas para as exigências sociais, estabelecendo um
diálogo com um vasto grupo de partes interessadas.
Este diálogo contribui para abordar a questão da capacidade de resposta aos,
geralmente, sinais pouco claros recebidos do ambiente. Além disso, este diálogo “não
melhora apenas a sensibilidade da empresa ao seu ambiente, mas também aumenta a
compreensão dos dilemas enfrentados na organização” (Kaptein & Van Tulder,
2003:208).
O desempenho social da empresa
Um conjunto de teorias que tenta integrar algumas das teorias anteriores. O
desempenho social da empresa inclui a procura de legitimação social, com processos
para dar a resposta adequada.
Carroll (1979), geralmente considerado como quem introduziu este modelo,
sugeriu um modelo de “desempenho empresarial” com três elementos: uma definição
básica de responsabilidade social, uma lista de questões em que esteja presente a
responsabilidade social e uma especificação da filosofia de resposta às questões sociais.
Carrol considera que a definição de responsabilidade social, que satisfaz plenamente as
obrigações que a empresa tem para a sociedade, deve incorporar os aspectos
económicos, legais, éticos e actividades discricionárias (por exemplo, filantropia) no
desempenho empresarial. Mais tarde incorporou estas quatro categorias na “pirâmide
das responsabilidade sociais empresariais” (Carroll, 1991). Mais recentemente,
Schwartz & Carrol (2003) propuseram uma abordagem alternativa baseada em três
domínios fundamentais (responsabilidades económicas, legais e éticas) e um modelo do
quadro de Venn. O quadro de Venn fornece sete categorias de que resultaram da
sobreposição destes três domínios essenciais.
Wartich & Cochran (1985) alargaram a abordagem de Carroll, sugerindo que o
envolvimento social das empresas assentam nos princípios da responsabilidade social,
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