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objectivo  central  é  conseguir  a  máxima  cooperação  entre  todo  o  sistema  das  partes

                  interessadas  e  os  objectivos  da  empresa.  O  segundo  refere  que  as  estratégias  mais
                  eficientes  para  gerir  as  relações  das  partes  interessadas  envolve  esforços  que,

                  simultaneamente, tratam de questões que afectam múltiplos intervenientes.

                        A gestão das partes interessadas tenta integrar grupos com interesses na empresa
                  em decisões de gestão. Uma grande parte da pesquisa empiríca foi feita, guiada por uma

                  certa dose de pragmatismo. Inclui tópicos, tais como a forma de determinar as melhores
                  práticas nas relações das partes interessadas (Bendheim et al., 1998), a importância das

                  parte interessadas para os gestores (Agle  &  Mitchell, 1999;  Mitchell  et al., 1997), o
                  impacto  da  gestão  das  partes  interessadas  no  desempenho  financeiro  (Berman et  al.,

                  1999), a influência das redes de relações estruturais das partes interessadas (Rowley,

                  1997) e como os gestores podem contribuir para o equilibrio das exigências dos vários
                  grupos de partes interessadas (Ogden & Watson, 1999).

                        Não  referido  nesta  análise  de  Garriga  &  Melé  (2004)  está  o  conceito  que
                  Micklethwait  &  Wooldridge  (2003)  designaram  por  “capitalismo  das  partes

                  interessadas” , uma visão que sustenta que as responsabilidades da empresa vão para

                  além dos accionistas, para um número de outras partes interessadas. Como estas partes
                  interessadas têm interesses na empresa, os seus interesses devem ser reconhecidos.

                        A  teoria  das  partes  interessadas,  tal  como  evoluiu  desde  Freeman  (1984),  está
                  pensada para proporcionar uma cobertura teórica para a estratégia da RSE. Enquanto

                  Freeman especula sobre a visão das empresas que actuam de acordo com o interesse das

                  partes  interessadas,  alguns  autores,  posteriormente,  como  Post  et  al.  (2002)  têm
                  “empurrado”  a  teoria  das  partes  interessadas  como  uma  fundamentação  para  a

                  responsabilidade social e para a empresa tolerante. Especificamente, Post et al. afirmam
                  que a empresa não pode – e não deve – sobreviver se não assume a responsabilidade

                  pelo bem estar de todos os seus membros e o bem estar de uma parte da sociedade onde
                  opera (Sasse & Trahan, 2006).

                        Por  outro  lado,  a  teoria  das  partes  interessadas  fornece  uma  fundamentação

                  defensiva para a RSE: a filantropia empresarial oferece protecção contra os potenciais
                  impactos  negativos  que  a  empresa  causará  em  algumas  das  partes  interessadas.  Os

                  gastos em responsabilidade social são vistos como uma ferramenta para a sobrevivência
                  da  empresa  na  economia  globalizada.  Na  racionalização  desta  segurança  contra  as

                  ameaças das partes interessadas, Godfrey (2005) aponta para os perigos potenciais da
                  filantropia social, advertindo que algumas causas especifícas são demasiado polémicas e


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