Page 30 - Calourando 1ª Edição

NARRATIVAS DE UMA EXPERIÊNCIA FORMADORA: ENTRE O
SABER E O FAZER
NO PIBID
Dailma B. Fagundes, Josemar N. dos Santos, Wagner da S. Teixeira
tona as problemáticas com quais os novos educadores irão
lidar durante o seu fazer docente”. Portanto, além de
atuarmos nos estágios supervisionados, componentes
curriculares indispensáveis para nossa formação, temos
ainda a oportunidade de atuarmos neste programa que
tanto tem contribuído para nossa formação.
As experiências citadas acima serviram para que
nós, futuros licenciados e atuantes no PIBID, nos
apropriássemos de situações corriqueiras do ambiente
educacional, de modo que a nossa formação fosse
completa. Percebemos que, com a troca de diálogo com os
discentes nós nos aproximávamos mais deles e de nossos
objetivos, pois à medida que interagíamos mais sabíamos
como lidar com as situações que surgiam.
Tendo os nossos temores do primeiro contato com
a docência esvaecidos pelos prazeres dos objetivos
alcançados, vimos que o vivenciar das experiências
diárias nos fará mais capazes de enfrentar obstáculos, que
com certeza teremos na nossa empreitada como
licenciados. Com relação às inúmeras situações que
ocorrem na vida de prática docente, Gutiérrez (1988) diz:
Toda práxis pedagógica requer um
método concreto, dialógico e
comprometedor. Concreto porque deve
partir da realidade e não pode ocorrer no
vazio. Cada aqui e agora, cada situação
concreta, cada ação vivida, tem que ser o
ponto de partida e o sustentáculo do
momento reflexivo da práxis. (p.108).
A práxis, acima citada por Gutierrez, é a ação ou
atividade prática aliada à teoria. Considerarmos esta
perspectiva durante toda a nossa atuação, de modo que
esta tomada de decisão contribuísse para a formação do
“eu professor” de cada um de nós. Por este motivo,
podemos afirmar que as experiências relatadas neste
artigo fazem com que o PIBID seja reconhecido como um
espaço para construirmos estruturas que contribuam e
dialoguem com o desenvolvimento de nossa prática
docente.4 EPÍLOGO PROVISÓRIO
Apresentar esta narrativa e refletir sobre a mesma
nos leva a uma dimensão de, na perspectiva de Alarcão
(2011), professores (ou futuros professores) reflexivos,
uma vez que compreendemos que a partir das
experiências vivenciadas e destes aprendizados vamos
produzindo saberes, criando autonomia e nos
constituindo como profissionais docentes. Segundo a
mesma:
A noção de professor reflexivo baseia-se
na consciência da capacidade de
pensamento que caracteriza o ser
humano como criativo e não como mero
reprodutor de ideias e práticas que lhe
são exteriores. É central, nesta
conceptualização, a noção do
profissional como uma pessoa que, nas
situações profissionais, tantas vezes
incertas e imprevistas, atua de forma
inteligente e flexível, situada e reativa.
(ALARCÃO, 2011, p.110)
Para nós, bolsistas do PIBID/Capes/ IF Baiano e
discentes do curso de Licenciatura em Ciências da
CURIOSIDADE
Computação, foi notório e gratificante perceber que os
trabalhos desenvolvidos com os alunos do Colégio
Estadual Teixeira de Freitas contribuíram de forma
positiva para o aprimoramento de nossa prática docente,
como parte do nosso processo de formação, além de
colaborar para a aproximação dos alunos com o mundo da
computação, num contexto educacional que favoreceu
novas descobertas e conhecimentos e, consequentemente,
agregou valores ao processo de ensino/aprendizagem.
Diante disto, concluímos que a oportunidade de
atuar num programa como o Pibid é bastante importante
para a efetivação de nossa autonomia no universo de
iniciação à docência. Ademais, depois de
experienciarmos tais vivências, pudemos perceber em
que é possível melhorar nossas ações, no sentindo de
contribuir mais efetivamente com a escola e com a
qualidade do ensino ofertado pela mesma.